Saiba como será a cirurgia da jovem com 'pior dor do mundo' para implantar eletrodos no cérebro

  • 26/07/2024
(Foto: Reprodução)
Carolina Arruda tem neuralgia do trigêmeo e faz novo tratamento em Alfenas. Segundo médico responsável pelo tratamento, equipamentos devem bloquear a passagem da dor, reduzindo o sofrimento. Carolina Arruda, que tem neuralgia do trigêmeo, retoma nesta sexta-feira (26) o tratamento feito na Clínica da Dor da Santa Casa de Alfenas. A jovem passará por preparação para realizar no sábado (27) a cirurgia para a implantação de eletrodos no cérebro que devem estimular o nervo e bloquear a transmissão da "pior dor do mundo" ao cérebro. (Entenda abaixo) 📲 Participe do canal do g1 Sul de Minas no WhatsApp Carolina Arruda tem neuralgia do trigêmeo e vai implantar eletrodos que podem bloquear transmissão da 'pior dor do mundo' ao cérebro Arquivo pessoal/Carolina Arruda A internação de Carolina Arruda está prevista para 8h. Segundo o médico Carlos Marcelo de Barros, diretor clínico da Santa Casa de Alfenas, a jovem passará por avaliações médicas e procedimentos clínicos que são comuns ao quadro dela. Um dos cuidados pré-operatórios é o banho com sabão à base de clorexidina, um procedimento "padrão para qualquer cirurgia que envolve o implante de algum dispositivo", conforme o médico responsável pelo caso. A jovem também deverá refazer exames de sangue, raio-x de tórax e eletrocardiograma. De acordo com o médico, caso seja necessário, outros exames complementares também serão feitos. Por fim, antes da cirurgia ela cumprirá um jejum de 8 horas. Saiba como será a cirurgia que promete bloquear transmissão da 'pior dor do mundo' ao cérebro de jovem Carolina Arruda/Arquivo Pessoal Já na manhã de sábado (27), Carolina Arruda vai implantar eletrodos para “estimular” o nervo e, com isso, impedir a transmissão nervosa da dor. Esses neuroestimuladores são dispositivos com alta tecnologia. Esta será a primeira vez que a estudante testa a alternativa. Normalmente a neuralgia do trigêmeo atinge um lado do rosto, mas em situações mais raras – como a de Carolina – pode atingir os dois, se tornando uma dor bilateral. Considerando o diagnóstico, os eletrodos serão implantados em dois locais: na medula espinhal e no Gânglio de Gasser – origem facial do nervo trigêmeo. O gânglio está associado ao responsável por transmitir sensações da face ao cérebro, justamente onde está concentrado o problema. Esse procedimento será feito depois de confirmar a localização exata da dor. Isso é feito por meio do bloqueio teste, em que é aplicada uma injeção de anestésico próximo ao nervo. O resultado do teste ajudará a definir os próximos passos. A cirurgia está prevista para iniciar às 9h. Conforme o Carlos Marcelo, o procedimento deve durar cerca de três horas. Quatro médicos e um cirurgião bucomaxilo, de Alfenas (MG) e Brasília (DF), participarão do implante. Segundo o médico, a estudante tem um histórico de intervenções anteriores, o que aumenta o nível de cuidados com os procedimentos. Após o implante, Carolina Arruda passará por um processo de adaptação aos neuroestimuladores. O aparelho deve ser ajustado em um período de duas a três semanas, prazo que varia conforme cada paciente. "Se o resultado não for suficiente após esse período iremos seguir o protocolo estabelecido", adiantou o médico Carlos Marcelos de Barros. LEIA TAMBÉM PROTOCOLO: Saiba quais são as alternativas de tratamento da jovem com a 'pior dor do mundo' DOR BILATERAL E IDADE: Por que caso de Carolina Arruda é considerado raro Jovem pede alta de hospital para celebrar aniversário de avó que luta contra câncer GRATUITO: Tratamento deve ser oferecido a 50 pacientes em hospital que trata jovem no Sul de Minas Quem é Carolina Arruda Carolina Arruda, de 27 anos, é natural de São Lourenço, no Sul de Minas, e mora em Bambuí, no Centro-Oeste. Ela é estudante de medicina veterinária, casada há três anos e mãe de uma menina de 10 anos. A jovem começou a sentir as dores aos 16 anos, quando estava grávida e se recuperava de dengue. Carolina Arruda tem 27 anos quer ser submetida à eutanásia na Suíça Carolina Arruda/Divulgação A dor e o desgaste de Carolina com a doença são tão intensos, que fizeram ela tomar a decisão para pôr fim ao sofrimento. Ela iniciou uma campanha na internet para conseguir recursos financeiros e ser submetida ao suicídio assistido na Suíça. Carolina foi internada no dia 8 de julho na Santa Casa de Alfenas. Nesta primeira internação, a estudante ficou no hospital durante duas semanas. Após receber uma alta temporária, ela relatou ter notado redução na frequência e duração das crises de dor. O que é a neuralgia do trigêmeo? A neuralgia do trigêmeo, também conhecida como a "doença do suicídio", e comparada a choques elétricos e até a facadas. O trigêmeo é um dos maiores nervos do corpo humano. Ele leva esse nome porque se divide em três ramos: o ramo oftálmico; o ramo maxilar, que acompanha o maxilar superior; o ramo mandibular, que acompanha a mandíbula ou maxilar inferior. Ele é um nervo sensitivo, ou seja, que controla as sensações que se espalham pelo rosto. Permite, por exemplo, que as pessoas sintam o toque, uma picada e a dor no rosto. Estudante que tenta eutanásia na Suíça passa por novo tratamento em Alfenas, MG Segundo os especialistas, a dor causada pela doença é uma das piores do mundo. Ela não é constante fora das crises, mas é disparada por alguns gatilhos que, na verdade, fazem parte da vida cotidiana como falar, mastigar, o toque durante a escovação ou barbear e até com a brisa do vento sobre o rosto. A dor é incapacitante. Ou seja, impede que a pessoa consiga fazer atividades simples do dia a dia. Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2024/07/26/saiba-como-sera-a-cirurgia-da-jovem-com-pior-dor-do-mundo-para-implantar-eletrodos-no-cerebro.ghtml


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